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Fala leitores do Treino Total, tudo bem? Hoje vamos falar do Cross Over na polia, um exercício de isolamento fundamental para definir o peitoral, que permite focar em diferentes porções do músculo ao ajustar a altura da polia: a variação alta trabalha a parte inferior, a média foca no miolo do peito, e a baixa atinge a parte superior.
Você sabe para que serve o Cross Over na polia? Esse exercício é um queridinho de quem quer definir o peitoral e pode ser executado em três alturas diferentes, cada uma focando em músculos específicos. Quer entender as diferenças? Vamos juntos nessa!
Para que serve o cross over na polia
O Cross Over na polia é um dos exercícios mais eficientes para trabalhar o músculo peitoral maior de forma isolada. Diferente de movimentos compostos como o supino, seu principal objetivo não é levantar cargas muito altas, mas sim promover a contração máxima do peito, o que é fundamental para a definição muscular.
Na prática, o exercício serve para dar o acabamento e os detalhes ao músculo peitoral. Por ser um movimento de adução horizontal do ombro, ele trabalha as fibras do peito de maneira única, ajudando a criar a famosa separação no meio do peitoral.
Principais Funções do Cross Over
O foco principal é o que chamamos de isolação muscular. Ao realizar o movimento, você concentra a tensão quase que exclusivamente no peito, minimizando a ação de músculos secundários como o deltoide anterior (parte da frente do ombro) e o tríceps. Essa técnica permite que você sinta melhor a contração do músculo-alvo e o estimule de forma mais direta, sendo excelente para finalizar o treino de peito.
Cross over na polia alta: músculos trabalhados e como fazer
A variação do Cross Over na polia alta é talvez a mais conhecida e executada nas academias. O principal diferencial aqui é o ângulo do movimento, que direciona o foco do exercício para uma porção específica do peitoral.
O músculo primariamente trabalhado nesta versão é a porção inferior (esternal) do peitoral maior. Por causa do movimento de cima para baixo, as fibras inferiores do peito são mais ativadas. Músculos secundários como o peitoral menor e o deltoide anterior (parte da frente do ombro) também auxiliam no movimento.
Como Fazer o Cross Over na Polia Alta: Passo a Passo

- Posicionamento: Coloque as polias na posição mais alta do aparelho. Segure um pegador em cada mão.
- Postura Inicial: Dê um passo à frente para ficar no centro e ligeiramente à frente das polias. Incline o tronco levemente para a frente, mantendo a coluna reta e o abdômen contraído. Seus braços devem estar abertos e alinhados com os cabos, com uma leve flexão nos cotovelos.
- Execução do Movimento: Puxe os pegadores para baixo e para frente, em um movimento de arco. Imagine que você está abraçando uma árvore grande. As mãos devem se encontrar ou se cruzar na frente da sua cintura ou pelve.
- Pico de Contração: No final do movimento, contraia o peitoral ao máximo por um ou dois segundos.
- Retorno Controlado: Retorne à posição inicial de forma lenta e controlada, sentindo o músculo peitoral se alongar. Não deixe o peso “puxar” seus braços de volta bruscamente.
Cross over na polia média: músculos trabalhados e passo a passo

O Cross Over na polia média é uma variação fantástica para dar ênfase à parte central do peitoral, muitas vezes descrita como o “miolo” do peito. Ao ajustar as polias na altura dos ombros ou do peito, o ângulo do movimento muda completamente em comparação com as versões alta e baixa.
Nesta execução, o músculo primário ativado é a porção medial (ou esternal) do peitoral maior. Este é o exercício ideal para quem busca melhorar a separação entre os dois lados do peito, criando um aspecto mais denso e definido na região central. Como sempre, o deltoide anterior atua como um músculo sinergista.
Passo a Passo do Cross Over na Polia Média
- Ajuste das Polias: Posicione as polias em ambos os lados na altura do seu peito ou ombros.
- Postura Inicial: Fique de pé no centro do aparelho, segurando os pegadores com uma pegada neutra (palmas das mãos viradas uma para a outra). Dê um passo à frente para criar tensão nos cabos. Mantenha os joelhos levemente flexionados e o abdômen contraído.
- Execução: Com os cotovelos ligeiramente dobrados, puxe os pegadores para a frente em um movimento de arco horizontal, como se estivesse dando um grande abraço. O movimento deve terminar com as mãos se encontrando na frente do peito.
- Pico de Contração: No final do movimento, quando suas mãos estiverem juntas, esmague o peitoral e segure a contração por um segundo para maximizar o estímulo.
- Fase Excêntrica: Retorne à posição inicial de forma lenta e controlada, sentindo o peitoral alongar. Evite que o peso puxe seus braços para trás sem controle.
Cross over na polia baixa: músculos envolvidos e execução correta

A variação do Cross Over na polia baixa é uma arma secreta para desenvolver a parte superior do peito, frequentemente chamada de peitoral clavicular. Se você sente que falta volume na região próxima à clavícula, este exercício é uma excelente escolha. O movimento de baixo para cima muda completamente o foco do estímulo.
O principal músculo trabalhado é a porção superior (clavicular) do peitoral maior. Pense neste exercício como uma alternativa ao supino inclinado, mas com o benefício da tensão constante que os cabos proporcionam, o que permite uma contração máxima no final do movimento. O deltoide anterior (a parte da frente do ombro) também é significativamente envolvido.
Execução Correta do Cross Over na Polia Baixa
- Preparação: Ajuste as duas polias para a posição mais baixa do aparelho. Segure um pegador em cada mão.
- Postura Inicial: Fique de pé, bem no centro do aparelho, com o peito estufado e os ombros para trás para garantir que o peitoral faça o trabalho. Os braços começam ao lado do corpo, com os cotovelos levemente flexionados.
- Movimento de Subida: Inicie o movimento puxando os pegadores para cima e para dentro, em um movimento de arco. Suas mãos devem se encontrar na frente do seu rosto ou na altura do queixo. Mantenha os cotovelos com a mesma leve flexão durante todo o percurso.
- Pico de Contração: Ao final do movimento, quando suas mãos estiverem juntas, esmague a parte superior do peito e segure a contração por um a dois segundos.
- Retorno Controlado: Retorne à posição inicial de forma lenta, resistindo ao peso. Sinta o alongamento do peitoral superior ao descer os braços.
Cuidados na execução e exercícios que substituem o cross over
Para tirar o máximo proveito do Cross Over e evitar lesões, a execução correta é fundamental. Lembre-se que este é um exercício de isolamento, então o mais importante é a qualidade da contração muscular, não a quantidade de peso levantado. Mantenha sempre uma leve flexão nos cotovelos para proteger as articulações e evite usar o impulso do corpo para mover a carga.
Principais Cuidados na Execução
A postura é a chave. Mantenha as costas retas, o peito estufado e o abdômen contraído para estabilizar o tronco. A fase de retorno do movimento, conhecida como fase excêntrica, deve ser realizada de forma lenta e controlada, pois ela é tão importante para o desenvolvimento muscular quanto a puxada.
Exercícios que Substituem o Cross Over
Caso a máquina esteja ocupada ou você procure variações, existem excelentes exercícios que podem substituir o Cross Over, focando nas mesmas porções do peitoral:
- Substituto para Polia Alta: O Crucifixo Declinado com Halteres é uma ótima opção para focar na parte inferior do peito.
- Substituto para Polia Média: A máquina Pec Deck (Voador) ou o Crucifixo Reto com Halteres trabalham a porção medial do peito de forma muito eficaz.
- Substituto para Polia Baixa: O Crucifixo Inclinado com Halteres é o substituto perfeito para atingir a porção superior (clavicular) do peitoral.
Vale a pena incluir o Cross Over no seu treino de peito?
Com certeza. O Cross Over na polia prova ser muito mais do que um exercício comum; é uma ferramenta de precisão para esculpir o peitoral. Como vimos, a simples mudança na altura da polia permite que você direcione o foco para as porções inferior, média ou superior do peito, garantindo um desenvolvimento completo e simétrico.
Lembre-se sempre que a chave para o sucesso neste exercício não está em levantar o máximo de peso, mas sim na qualidade da contração e na execução controlada. Use-o como um finalizador no seu dia de treino de peito para realmente isolar o músculo e promover a definição que você busca.
Agora que você conhece as técnicas e os músculos trabalhados em cada variação, está pronto para aplicar esse conhecimento e construir um peitoral mais forte e bem desenhado. Bom treino!